Feliz Natal!

Mensagem do Meu Anjo – Na caixa de papelão
Por Paulo Roberto Gaefke – Dezembro de 2009

Chegou o Natal!
vejo milhões de pessoas aflitas, correndo pelas ruas.
Preocupadas com o que haverão de comer,
o que haverão de vestir, presentear,
listas e mais listas do que fazer,
e outros desesperados por não ter nada,
e em dois opostos, o que já é normal:
o esquecimento do verdadeiro sentido do natal.

Neste Natal, eu sai para encontrar Jesus.
Fui a templos de várias denominações,
igrejas, capelas e catedrais, e Ele não estava.
Procurei em alguns palácios, casas brancas e rosadas,
e mesmo em lugares de tanto poder, Ele não estava.
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Eu o encontrei em uma esquina da cidade grande,
estava no chão e todo mundo passava,
ninguém sequer olhava, nem estranhava;
“Ele” estava em uma caixa de papelão com um gorro azul,
vestindo luvinhas que o aqueciam, apesar de tanto frio,
e parecia sereno e bem cuidado,
apesar do lugar inusitado.

Era lindo o meu Jesus!
E no instante em que o vi, reconheci sua majestade,
Parei para vê-lo, ele abriu os olhos e sorriu,
um sorriso infantil, confiante, puro e verdadeiro,
que tocou minha alma aflita, arrepiou meus pelos,
e me fez pensar…

Na caixa de papelão eu vi uma manjedoura de capim,
voltei ao tempo, 2000 anos atrás, coisa assim,
e imaginei a oportunidade que eu tinha,
de reencontrar Jesus todos os dias,
pois ele havia ensinado:
Os sãos não precisam de médico, mas os enfermos;
não vim chamar os justos, mas os pecadores.

E foi ali, naquela esquina,
que eu encontrei Jesus numa caixa de papelão,
era o Jesus menino, como ele ensinava.
Ao seu lado uma mulher com fome, tudo lhe dava,
tirava da própria miséria e o assistia,
era sua mãe, e para mim, a própria Virgem Maria.

Em cada mão estendida, em cada cela do presídio,
eu vi Jesus circulando, já não era o menino,
mas o menino Nele habitava,
e para cada um, Ele tinha uma palavra,
não a condenação, mas a libertação que ampara.

Meu Jesus estava na caixa de papelão,
e tocou profundamente meu coração.

Meu Natal não é de festas, talvez seja uma comemoração,
por ter encontrado pelas ruas, um Jesus na caixa de papelão,
que me ensinou que posso fazer algo mais pelo meu irmão,
seguindo os rastros luminosos dessas sandálias,
sandálias da simplicidade, daquele que desceu da cruz,
e que me permite dizer:
feliz aniversário menino,
feliz aniversário Jesus.

Feliz Natal!

Paulo Roberto Gaefke
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