E a mudança que não vinha
O céu que não se abria
Os deuses que não sabiam
Que a culpa era sempre deles por aqui
E a tristeza que a gente já tinha
Há muito represada nas ruas
Inundava nossas casas e vidas.
Nunca nós mesmos,
Entre acúmulos e guerras
Ansiedades e misérias
O divino era ser Eu,
Sem reservas,
Sem partilhas,
Máscaras jogadas ao chão
Coração pulando nas mãos
Tudo isso, tudo,
Enquanto eu vinha.
E se a gente morrer fosse salvar o mundo?
O divino ainda seria Eu?
Outros tempos; Que tempos!
Bruno Amorim Gaefke